2023, Retos, 50, 780-789
© Copyright: Federación Española de Asociaciones de Docentes de Educación Física (FEADEF) ISSN: Edición impresa: 1579-1726. Edición Web: 1988-2041 (https://recyt.fecyt.es/index.php/retos/index)
Ana Claudia Ribeiro, Silvio de Cassio Costa Telles. Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil)
Resumo. O ensino da natação possui relevância para a saúde e a segurança de crianças, porém sua prática ainda possui muitas controvérsias em relação a profundidade da piscina, fator que expõe o nadador a alterações posturais e emocionais. Desta forma, o objetivo do artigo foi investigar através de uma revisão sistemática qual a relação entre a profundidade das piscinas e a aprendizagem da natação infantil. A pesquisa foi realizada em artigos científicos, teses e dissertações publicados nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pubmed seguindo as orientações PRISMA. Foram encontrados 2057 registros, e de acordo com os critérios de elegibilidade, 11 publicações foram escolhidas. Oito dos onze estudos selecionados obtiveram classificação como excelente na verificação Downs and Black Quality Assessment. Os resultados foram classificados em duas categorias: aspectos emocionais (n= 6) e aspectos pedagógicos (n=7), através da análise de conteúdo de Bardin (2011). Os estudos apontam que o medo e o ambiente interferem diretamente na adaptação da natação infantil, que a posição do corpo é modificada em diferentes profundidades e indicam uma progressão pedagógica, da piscina mais rasa para a mais funda, de acordo com a evolução aquática do aluno. Assim, entendemos que a profundidade das piscinas é uma variável relevante no tocante ao ensino da natação infantil. Sugerimos que esse fator seja avaliado cuidadosamente, para uma abordagem humanizada e respeitosa, inclusive com novos estudos a respeito do ambiente aquático durante a fase de adaptação.
Palavras-chave: Natação, Aprendizagem, Profundidade, Medo, Ambiente.
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