Idosos são 25% dos clientes da academia: é preciso cuidar deles
https://acadbrasil.com.br/wp-content/uploads/2025/06/edicao-110.pdf (p.46)
Na Golfinho Escola de Atividades Aquáticas, o público idoso corresponde a 25% da academia, que oferece natação, hidroginástica e hidroterapia, com apoio às necessidades da idade. “As academias participam desta fase da vida das pessoas não só oferecendo a prática de atividade física direcionada com atendimento personalizado, com todo o cuidado que a terceira idade necessita, mas também propondo um ambiente saudável, socialização, chamando essas pessoas para virem fazer parte. Além do atendimento, essa convocação é muito importante. As academias devem abrir espaço para esse público, criar uma cultura de respeito e convívio com os idosos, num ritmo diferente, com costumes diferentes, no vestiário eles precisam de um pouco mais de privacidade…. esse cuidado todo faz parte do papel das academias”, disse Ana Claudia Ribeiro, que fundou a Golfinho em 1992. Depois da pandemia de Covid-19, este foi justamente o público que demorou mais a voltar à academia. Mas, segundo Ana, parece que hoje eles descobriram a água e o exercício físico. “As pessoas estão com menos medo de contrair doenças, ter a vacina é muito importante e mostrar que a academia é um local seguro, que promove saúde. É interessante porque eles acabam ficando muito amigos e participam de atividades sociais. Também temos alunos na natação que aprenderam a nadar aos 60 anos. É um público que gosta de aprender coisas novas, gosta de viajar, de aproveitar a vida, e para isso precisam ter mobilidade e saúde. Vejo um movimento muito bacana com os idosos, no sentido de viver, de aproveitar a vida e não apenas de esperar o fim. Antes, tínhamos alguns poucos alunos de mais de 60 anos e hoje, temos frequentadores de 70 e até de mais de 80. São pessoas que estão buscando não só se exercitar, mas também interagir com os mais jovens, estão usando redes sociais, querem aproveitar a vida com mais animação, mais qualidade e mais saúde.” Para Ana, talvez o país ainda não esteja preparado para o envelhecimento: “a gente percebe ambientes mais adaptados para a terceira idade, como hotéis e restaurantes com rampas de acesso, banheiros com apoios. Mas, com relação à vida saudável, não há políticas públicas, como por exemplo maior incentivo para atividade física, com algum tributo especial, desconto no imposto de renda ou no plano de saúde. Precisamos discutir o assunto e encontrar caminhos.” Ainda com tanta defasagem, Ana diz ser uma super otimista: “o mercado de atividades aquáticas continua em crescimento, porque é diferenciado. A água traz um bem-estar diferenciado para todas as pessoas, para todos os públicos, para todas as idades.
Em tempos de aquecimento global, são bem-vindas as atividades que refrescam e que podem ser realizadas em ambientes que se abrem – aqui na academia a gente tem teto retrátil e a gente pode respirar, sem estar o tempo todo no ar-condicionado. Também sabemos que as atividades aquáticas são muito indicadas também pelos benefícios fisiológicos, especialmente para as pessoas que têm artrite, artrose, doenças osteomusculares, questões de articulações, e para quem quer preveni-las. Vejo esse mercado ainda em crescimento sim e com muito sucesso.”
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